Uma noite de aplausos e emoção: Câmara de Paracatu homenageia José Maria das Neves e Ubaldo Mundim Lopes

 Uma noite de aplausos e emoção: Câmara de Paracatu homenageia José Maria das Neves e Ubaldo Mundim Lopes

Sessão solene reconhece trajetórias marcantes nas artes e no esporte e emociona o público com homenagens repletas de afeto e gratidão

A Câmara Municipal de Paracatu viveu na noite desta quarta-feira (23), um daqueles momentos em que o tempo parece desacelerar para dar espaço ao reconhecimento, à gratidão e à memória.
Sob aplausos e olhares emocionados, foram entregues a Moção de Regozijo ao senhor José Maria das Neves (Zé do Badauê) e o Mérito Desportivo ao senhor Ubaldo Mundim Lopes, honrarias de autoria da vereadora Professora Eliete, aprovadas por unanimidade pela Casa Legislativa.

Presidida pelo vereador Manoel Alves, a sessão solene transformou o plenário em um palco de afeto. Amigos, familiares e admiradores lotaram o espaço, que se encheu de palavras sinceras, lágrimas discretas e lembranças vivas.
Era mais que uma cerimônia, era um encontro de histórias que ajudaram a moldar a identidade de Paracatu.

Zé do Badauê: o artista que floreia em cada gesto

 

Natural de Paracatu, José Maria das Neves, o querido Zé do Badauê, é sinônimo de arte, cor e sensibilidade. Designer floral, cenógrafo e criador de ambientes, ele fez da estética sua linguagem e da beleza um gesto de partilha.

Desde os primeiros trabalhos em pequenas decorações, passando por feiras, casamentos, carnavais, peças teatrais e exposições, Zé sempre imprimiu poesia em tudo o que tocou.
Estudou Artes Cênicas em Brasília, no Teatro Galpão, e em Belo Horizonte, pelo Instituto Chico Nunes. Participou da marcante encenação de Santo Inquérito, no Cine Teatro Santo Antônio, uma virada de página em sua trajetória artística.

De volta à sua terra, integrou a equipe da Casa de Cultura, onde continuou a espalhar cor e encanto, assinando montagens e eventos que até hoje habitam a memória coletiva.
Na solenidade, amigos e familiares prestaram homenagens com mensagens e vídeos, vindos até de longe. A cada fala, um fio de emoção atravessava o salão, e via-se nos olhos de Zé o brilho de quem viveu intensamente cada flor, cada palco, cada sonho.

Ubaldo Mundim: o esporte como missão

Se a arte de Zé Badauê floresce no olhar, o talento de Ubaldo Mundim Lopes pulsa em movimento. Ex-atleta profissional de voleibol, treinador e gestor esportivo, sua trajetória é uma verdadeira aula de dedicação, disciplina e amor pelo esporte.

Ubaldo foi bicampeão dos Jogos Abertos de São Paulo, campeão mineiro e bicampeão do JIMI, entre tantos outros títulos que moldaram sua carreira.
Mas seu maior legado talvez esteja fora das quadras, no exemplo e na formação de jovens atletas. À frente das equipes do Colégio Dom Elizeu, conduziu gerações à vitória com humildade e espírito coletivo.

Como gestor, foi Secretário Municipal de Esporte, coordenador do SESC/MG e idealizador dos Jogos da Faculdade Atenas (JIFA). Em cada função, levou o nome de Paracatu mais longe, sempre acreditando que o esporte é também um caminho de cidadania.

Durante a cerimônia, amigos e familiares se revezaram ao microfone, entre risos e lembranças, descrevendo um homem que inspira pelo exemplo.
A emoção tomou conta quando a irmã Lucione Mundim e a amiga Amanda Albernaz falaram de sua trajetória e da dedicação incansável ao que faz.

Entre flores e medalhas, o reconhecimento de uma cidade

Quando as placas foram entregues, pelas mãos do presidente da Câmara, vereador Manoel Alves, e da vereadora Professora Eliete, o público se levantou em aplausos longos e sinceros.
Era como se toda a cidade dissesse “obrigado” em coro, reconhecendo o valor daqueles que constroem, com talento e amor, a história de Paracatu.

Em uma noite de homenagens, a Câmara se transformou em espelho da própria comunidade: diversa, emotiva, agradecida.
Porque reconhecer o outro é também celebrar a si mesmo, é afirmar que a cidade cresce quando suas histórias são contadas e seus protagonistas lembrados.

E para fechar esse momento tão especial vivido na noite, o historiador, cineasta e eterno professor Lavoisier Albernaz prestou uma homenagem com o poema de sua autoria, “Paracatu pede Passagem”, selando com versos a emoção que já pairava no ar.

E assim, entre flores e medalhas, Paracatu celebrou dois de seus grandes nomes, reafirmando que o verdadeiro mérito está em quem faz da vida um ato contínuo de beleza, dedicação e amor à terra onde nasceu.

 

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