Rio Paracatu e sua escassez hídrica

 Rio Paracatu e sua escassez hídrica

O Rio Paracatu, um dos principais afluentes do São Francisco, situado no Noroeste de Minas Gerais, vem sofrendo há anos com a escassez de água.

A falta de chuva na região, e ano após ano o histórico de crise hídrica se repete. O nível do curso d’água está baixo que é possível caminhar pelo rio.

Analogamente, é imprescindível expor que a ação humana atua de forma a potencializar o problema. O sociólogo Thomás Robbert, em livro “leviatã”, escreveu “O homem é o lobo do homem”, a frase reflete o comportamento egoísta do humano. Pois, quando estes contaminam rios, lagos e usam de forma irresponsável o recurso, se concretiza o pensamento do sociólogo.

O CBH PARACATU- COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARACATU realizou nesta manhã de sábado (28) na Câmara Municipal de Paracatu, uma reunião importante e necessária de trabalho visando alternativas para que os impactos possam ser amenizados. A iniciativa do evento foi do CBH Paracatu, comitê da bacia hidrográfica do Rio Paracatu.

Estiveram presentes Marcelo Fonseca Diretor-Geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Antônio Eustáquio Vieira Presidente do CBH-Paracatu, presidente da IRRIGANOR, Rowena Petroll, Ex-secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, representante do Sebrae Patrícia Rezende, Adson Roberto Ribeiro Secretário do CBH-Paracatu, vários Usuários de Água da bacia hidrográfica do Rio Paracatu.

O senhor Marcelo Fonseca diretor-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) falou sobre a importância de fortalecer CBH PARACATU uma das ações do IGAM que visa garantir a efetividade do sistema. Foi muito categórico ao dizer sobre o uso da água do Rio Paracatu, caso as ações de preservação, e a contenção do uso das águas do rio não sejam cumpridas, medidas como o uso da telemetria  nas bombas, por exemplo. Atualmente  as novas outorgas  do Rio Paracatu estão suspensas.

Segundo o presidente do comitê, Antônio Eustáquio Vieira, Tonhão, o objetivo da reunião, foi debater juntamente com os usuários de águas da bacia do Rio Paracatu, a busca de soluções para o enfrentamento da escassez hídrica pela qual toda a bacia tem passado nos últimos anos, causando transtornos não só para os diversos empreendimentos que dependem da água como para a vida do próprio rio. Só final foi elaborado um documento apoiado por todos os presentes com todas as sugestões que serão apresentadas para a comunidade e para órgãos federais e municipais, no intuito de buscar apoio para a implementação das ações propostas.

No livro “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, relata as dificuldades enfrentadas pelo personagem Fabricio e sua família no que se refere à disponibilidade de água. Para além da obra, é semelhante à realidade hodierna na sociedade brasileira, que vive frequentemente condições precárias na manutenção hídrica.

“Fabiano estava contente e acreditava nessa terra, porque não sabia como ela era nem onde era. Repetia docilmente às palavras de Sinhá Vitória, as palavras que Sinhá Vitória murmurava porque tinha confiança nele. E andavam para o sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes” Trecho do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O Lábaro

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