No compasso da memória: Museu de Paracatu celebra 25 anos com samba, afeto e nova expografia

Uma noite especial celebrou o passado e o presente da nossa cidade, com nova montagem museológica, música, sabores e encontros na rua Doutor Seabra
Na Rua Doutor Seabra, sob o encanto discreto do início da lua nova, Paracatu celebrou, com alma e alegria, os 25 anos do Museu Histórico Municipal Pedro Salazar Moscoso da Veiga. O casarão iluminado, que guarda em si os séculos da cidade, encanta a todos que por ali passam. Durante a semana, abre suas portas para revelar aos visitantes um espaço onde a história encontra o pertencimento.
O diretor do museu, Diego Almeida, fez as honras da casa, recebendo a todos com entusiasmo e acolhimento.
O cenário, acolhedor como uma boa lembrança, foi palco de mais uma edição do projeto Moro Aqui, Compro Aqui, que levou o público à rua em nome da cultura local. Entre barracas de comidas típicas, o frescor do chope artesanal e o calor das conversas soltas no ar, a trilha sonora ficou por conta do grupo de samba Mistura Brasileira, que trouxe o batuque certo para embalar memórias e passos.
Mais do que comemorar datas, a noite convidou à redescoberta. O museu, que desde o ano 2000 funciona no prédio histórico, agora apresenta uma nova expografia, uma forma renovada de contar Paracatu a quem chega e a quem sempre esteve. São 980 peças permanentes distribuídas por oito ambientes que dialogam com a tradição e o presente da nossa cidade.
Em seus 25 anos, e com a reforma realizada em 2024, a mostra permanente ganhou interatividade e recursos audiovisuais, tornando a experiência mais sensível e viva. Não se trata apenas de ver objetos antigos, mas de ouvir vozes, sentir contextos, entender a alma de uma cidade que pulsa história em cada esquina.
Na noite de sábado, passado e presente dançaram juntos. Entre um verso de samba e um gole de prosa, moradores e visitantes celebraram o museu como um lugar que não apenas guarda o tempo, mas o compartilha. Porque em Paracatu, onde a cultura é casa e o povo é memória viva, cada festa é também um capítulo da própria história.
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