Censo 2022: Povos indígenas em Minas Gerais pertenciam a 208 etnias e falavam 81 línguas indígenas  

 Censo 2022: Povos indígenas em Minas Gerais pertenciam a 208 etnias e falavam 81 línguas indígenas   
  • Entre 2010 e 2022, o número de etnias aumentou de 150 para 208 (crescimento de 38,7%) em Minas Gerais, enquanto o quantitativo de línguas indígenas saltou de 76 para 94 (incremento de 23,7%);
  • No Brasil, em 2022, o IBGE encontrou povos ou grupos indígenas de 391 etnias (aumento de 28,2% em relação a 2010), que falavam 295 línguas indígenas (7,7% a mais que em 2010);
  • Em número de etnias, Minas é o 6º colocado entre os estados, atrás de São Paulo (271), Amazonas (259), Bahia (233), Pará (222) e Goiás (211 etnias em 2022);
  • Entre os municípios mineiros, ao menos uma etnia, povo ou grupo indígena foi encontrado em 507 dos 853 – com destaque para Belo Horizonte (107), Uberlândia (70), Contagem (50) e Juiz de Fora (40 etnias);
  • Quanto às línguas indígenas faladas ou utilizadas por pessoas indígenas nos domicílios, ao menos uma língua indígena foi reportada em 138 municípios de Minas; destacam-se Belo Horizonte (36), Uberlândia (21), Juiz de Fora (11) e Resplendor (9 línguas indígenas faladas);
  • Em São João das Missões, município mineiro com maior população indígena (e 30º colocado nacional), 10.396 das 10.398 pessoas indígenas declararam uma etnia, e as outras duas pessoas reportaram duas etnias;
  • De modo geral, a taxa de alfabetização é maior entre indígenas jovens, em comparação a faixas etárias mais avançadas, chegando a 33,7% entre a população indígena de 65 anos ou mais da etnia Xacriabá – menor percentual registrado entre todos os grupos etários das dez etnias com maior número de pessoas indígenas de 15 anos ou mais;
  • 92,9% dos moradores indígenas da etnia Xacriabá, a mais populosa de Minas, tinham acesso a formas precárias de esgotamento sanitário e 80,5% não contavam com coleta de lixo em seus domicílios;
  • 76,7% dos moradores indígenas da etnia Maxakali, a segunda mais populosa do estado, não tinham acesso à água canalizada no domicílio e 80,8% não contavam com coleta de lixo.

Desde o Censo 1991, o IBGE incluiu, entre as categorias de “cor ou raça” do questionário da amostra, a opção “indígena”. Em 2010, o quesito que investiga a composição étnico-racial da população residente no Brasil foi incorporado ao questionário básico, aplicado a todas as pessoas. Além disso, a inclusão da pergunta de cobertura “se considera indígena?” em áreas de Terras Indígenas (para aqueles que não se declararam indígenas na pergunta sobre cor ou raça) ampliou a captação desse grupo populacional. Entre aqueles que se declaravam ou se consideravam indígenas, foram investigadas a etnia e a língua falada. Para o Censo 2022, os aprimoramentos metodológicos e operacionais permitiram um conhecimento ainda mais aprofundado da população indígena residente no país. A divulgação de hoje (24/10) contempla a declaração de etnias e línguas indígenas e algumas características sociodemográficas e de condição dos domicílios. Outros resultados estaduais estão no informativo anexo; dados nacionais podem ser consultados aqui.

 

Foto em destaque: Com 53.446 indígenas, etnia Makuxí é a terceira mais populosa do país – Foto: Mario Vilela/ Funai

Para mais informações sobre esse assunto acesse a página do IBGE na Internet – www.ibge.gov.br ou diretamente na Agência de Notícias IBGE – http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/

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