Brasil hoje: avanços materiais — mas desigualdades estruturais persistem A recente pesquisa domiciliar revela que o Brasil registrou em 2024 os melhores níveis de renda, pobreza e desigualdade desde 1995. Agência Brasil +2 Serviços e Informações do Brasil +2 A renda domiciliar per capita média atingiu R$ 2.020 mensais — o maior valor já registrado na série histórica. UOL Economia +1 Ao mesmo tempo, o índice de concentração de renda — o Índice de Gini — caiu para 0,506, menor patamar desde 2012. O Globo +1 Isso representa uma queda expressiva e sugere que recentemente houve uma redistribuição relativa dos rendimentos, beneficiando em maior proporção os estratos mais pobres. UOL Economia +1 Além disso, a renda do trabalho dos mais pobres cresceu em 2024 — segundo dados de um estudo do FGV Social, a alta foi de 10,7%, ritmo 50% maior que o observado entre os mais ricos. Serviços e Informações do Brasil +1 E a combinação de mercado de trabalho aquecido com programas sociais (como o Bolsa Família / auxílios sociais) foi apontada como principal responsável por essa melhora. Serviços e Informações do Brasil +1 Nos centros urbanos — metrópoles — os resultados também indicam progresso: entre 2021 e 2024, a taxa de pobreza caiu de 31,1% para 19,4% nas regiões metropolitanas, e o Gini dessas áreas caiu de 0,565 para 0,534. JC +2 Vermelho +2 Isso mostra que milhões de pessoas deixaram a linha de pobreza nesse período. Vermelho Mas as fissuras estruturais se mantêm — desigualdades por raça, gênero e posição social Apesar dos avanços gerais, as desigualdades históricas continuam a marcar fortemente quem realmente avança e quem permanece à margem. A desigualdade racial no Brasil — isto é, a diferença de renda e de oportunidades entre pessoas negras e não negras — segue intensa. Segundo estudo recente, a renda do trabalho das pessoas negras corresponde, em média, a apenas 58,3% da renda das pessoas brancas no período 2012–2023. Agência Brasil As diferenças por cor/raça e gênero também se refletem no mercado de trabalho: dados de 2024 mostram que a informalidade entre pretos e pardos era mais elevada do que a média nacional: enquanto a taxa geral de informalidade no país ficou em 38,6%, para pretos foi 41,9% e para pardos 43,5%. Agência Brasil +1 Além disso, a subocupação ou a precariedade do emprego incidem de modo mais intenso entre mulheres negras: segundo o levantamento da terceira edição de 2024 do boletim sobre desigualdade racial no trabalho, a taxa composta de desocupação e subocupação entre mulheres negras era mais que o dobro da observada para homens não negros. Serviços e Informações do Brasil +1 Em termos de concentração de renda: segundo relatório de 2025 do Observatório Brasileiro das Desigualdades, o 1% mais rico da população no Brasil teve rendimento médio 30,5 vezes superior ao dos 50% mais pobres em 2024 — apesar da leve redução dessa razão em relação ao ano anterior, esse abismo permanece estrutural. Pacto Nacional da Desigualdade +1 Esse quadro revela que, para muitos brasileiros — especialmente pessoas negras, mulheres, e aqueles nas camadas mais baixas da pirâmide — a mobilidade social continua limitada, e os privilégios de classe, raça e gênero seguem reproduzindo o país dividido de que falava Suassuna. O paradoxo de avanços quantitativos e permanência de desigualdades profundas Os dados recentes permitem um diagnóstico otimista em parte: sim, há avanços reais nas médias sociais — renda per capita maior, pobreza em queda, melhora no mercado de trabalho. Mas estes avanços convivem com desigualdades profundas e persistentes: nem todos ganham na mesma proporção, e os mais vulneráveis seguem pagando um preço alto pela “injustiça secular”. Em outras palavras: o Brasil de 2025 mostra que é possível amenizar desigualdades de curto prazo — mas a estrutura histórica que separa “privilegiados” e “despossuídos” continua ativa. A herança de discriminação, racismo estrutural, desigualdade de oportunidades e precariedade atravessa gerações. Para cumprir o desafio proposto por Suassuna — vencer essa injustiça secular — os dados sugerem que não basta crescimento, renda e emprego: é preciso políticas específicas de redistribuição; ações afirmativas; combate estrutural às desigualdades raciais e de gênero; e garantia de direitos universais como educação, saúde, trabalho decente, moradia.
Outra proposta aprovada regulamenta o controle dos recursos transferidos para instituições privadas filantrópicas ou sem fins lucrativos que atendem pelo SUS.
Proposta aprovada de forma definitiva pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (25/11/25), prevê que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que receberem atendimento de urgência em outro município terão direito a transporte gratuito de volta para casa.
O novo dispositivo constitucional proposto assegura aos usuários das ações e dos serviços de saúde o transporte para retorno ao município em que residem após alta de unidade da Rede de Atenção às Urgências e Emergências do Sistema Único de Saúde (SUS) situada em outra localidade.
A medida está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 39/24, que foi aprovada em 2º turno, na forma de um novo texto (substitutivo nº 1) apresentado em Plenário pelo Lucas Lasmar (Rede), que é o primeiro signatário da proposta, que conta com a assinatura de mais 28 parlamentares. O texto acrescenta o artigo 191-A à Constituição do Estado.
O novo texto apresentado teve como relator no Plenário o deputado Ulysses Gomes (PT). Ele determina que caberá ao município de residência dos usuários o transporte do paciente após a alta médica, e não o pagamento das despesas relativas ao deslocamento, como estava previsto anteriormente no projeto.

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