A OUTRA FACE

Por costume e vivendo apressadamente processamos de forma rápida noventa por cento de tudo que nossos sentidos notam.   Junto às ações realizadas em tempo recorde, obviamente podemos agir de forma mais célere formando opinião e sanando problemas, quando acertamos nas tomadas de decisões é muito bom.   Se fixamos o olhar em algo, antes de nos aproximarmos urge que o cérebro já dê de pronto a descrição, o que foi visto e para que serve, se bonito ou feio e ainda o que faz a coisa que avistamos no lugar em que foi notada.   Não muito diferente um ruido ou som mais acentuado aciona nosso cérebro que indica posição, de que se trata e ativa nosso senso de cautela para buscarmos proteção se for o caso.   Sem aprofundar muito no tema, usei de dois dos nossos sentidos para mostrar como vive o ser humano que pensa, isso, tendo como base apenas a chamada primeira impressão, em outras palavras, vendo uma das FACES do  que surge de imediato.   A modernidade numa espécie de corre-corre desenfreado praticamente nos obriga a arrancarmos sempre a partir da 3ª.marcha, é proibido gastar tempo com analises.   Indiferente da idade, uma parcela pequena dos humanos persiste como se trafegando na contramão, remando contra a maré ou algo do gênero, agindo diferente da “grande massa” de dominados, esse diminuto grupo de teimosos defende que é necessário olharmos A OUTRA FACE de tudo, indicam esses extraterrestres que tudo precisa ser observado em todos os ângulos para ser entendido.   Nesse sentido e concordando com esses pensadores, entendo que cerca de 75% dos erros que cometemos estão diretamente relacionados com nossas ações executadas de impulso.   Daí, definitivamente é interessante darmos um giro de 360 graus em torno do que surge à nossa frente, observar interna e externamente, entender sob análise também o lado b,c,d e etc. antes de tomarmos qualquer decisão.   Em resumo, os poucos sucessos e incontáveis insucessos originam em regra dos atos advindos de nossas decisões tomadas a toque de caixa.   É comum depararmos com pessoas que afirmam: “Deus não me ajuda”, “Sou muito sem sorte”, “Estou numa maré de azar”, e por aí vai, sem medo de errar afirmo, a grande maioria sofre do mal de agir e tomar decisões sem refletir, ou seja, sem olhar o que há na OUTRA FACE.
Miguel Francisco do Sêrro – Advogado/historiador
foto para ilustração da internet

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