Entre acordes e lembranças, nasce O Nova Onda

 Entre acordes e lembranças, nasce O Nova Onda

O Jornal e Portal O Lábaro tem a alegria de apresentar a história da banda O Nova Onda, um projeto que nasceu do encontro entre emoção, memória e música.

Há bandas que nascem de um ensaio, outras de um sonho antigo. O Nova Onda nasceu de um sentimento, o desejo de tocar o que emociona, o que desperta lembranças e faz o coração vibrar. Entre tardes de violão, conversas sobre música e a vontade de unir som e afeto, o projeto ganhou corpo, ritmo e alma.

Em conversa com o Lábaro, o vocalista e um dos fundadores Edvaldo contou como a banda surgiu e como o trio vem conquistando o público com seu som leve e cheio de sentimento:

“O Nova Onda nasceu em 2024 a partir do meu desejo de tocar as músicas que eu gostava e sabia tocar no violão, mas também de tocar aquilo que o público realmente se conecta. Desde o início, a ideia era clara: levar um som que emocionasse, que tocasse o coração das pessoas, sem se prender a clichês ou a padrões rígidos do rock tradicional. Sempre quis tocar o rock em sua essência, o rock como o povo entende, aquele

que chega pelo rádio, pelas trilhas de novelas, pelas lembranças afetivas de cada um. Mais do que apenas tocar músicas, a proposta era criar uma experiência emocional, reconectando quem ouvia às suas próprias memórias e sentimentos.

A formação da banda se consolidou naturalmente. Inicialmente, éramos apenas eu, Edvaldo, na voz e violão, e o Gabriel na bateria, que já tinha tocado comigo no projeto Microphonia. Ele trouxe ritmo, precisão e energia para a base da banda. Pouco tempo depois, o Fernando, meu cunhado e guitarrista da banda Horda, da qual também participo como vocalista, entrou para somar com sua técnica apurada e virtuosismo na guitarra. Assim nasceu o trio que compõe o Nova Onda até hoje: eu na voz e violão, Fernando na guitarra e Gabriel na bateria. Cada um trouxe sua experiência, sua visão musical e sua sensibilidade, criando uma química única que se reflete no palco. O nome Nova Onda surgiu da vontade de transmitir leveza, algo como uma brisa suave que refresca a alma, uma atmosfera tranquila e agradável que buscamos reproduzir em cada apresentação.

O som da banda é resultado dessa formação incomum. Sem contrabaixo, com apenas violão, guitarra e bateria, desenvolvemos uma sonoridade limpa, direta e quente, diferente do que se costuma ouvir, aproximando-se de uma conversa íntima entre nós e o público. Tocamos soul, MPB, rock e outros estilos, sempre com o mesmo objetivo: criar uma conexão emocional. O repertório é focado em covers que marcaram época e que despertam lembranças e sentimentos. Temos material para mais de três horas de apresentação, e embora o foco principal seja cover, planejamos futuramente lançar trabalhos autorais, sem perder a essência da banda.

Cada show tem seu próprio significado. É difícil escolher apenas uma apresentação como a mais marcante, porque cada público e cada local oferecem experiências únicas. Há sempre rostos conhecidos, pessoas que retornam a outros shows, e isso é uma alegria imensa. É a forma de perceber que a música realmente toca, criando laços afetivos e memórias. Cada apresentação é uma oportunidade de compartilhar a paixão que sentimos pela música. Se não estivéssemos tocando juntos, estaríamos cada um em casa praticando seu instrumento, mas a união desses talentos transformou a paixão individual em algo coletivo, capaz de emocionar outras pessoas.

Um momento recente que ficará marcado foi à apresentação no Saca Rolha, em 17 de outubro de 2025, quando tivemos nosso primeiro contato com a jornalista Uldiceia Riguetti do Jornal e Portal O Lábaro, que se encantou com o nosso som e nos convidou a contar a história da banda. O público estava receptivo, a energia no ambiente era contagiante, os petiscos estavam deliciosos, a cerveja na temperatura certa, e a atmosfera perfeita para celebrar o rock acústico nacional e internacional. Mas o Saca Rolha não é o único palco que merece destaque. Tocamos também no Kasarão, no Gaiato, na Confraria e em escolas, como a Escola Estadual Neusa Pimentel, onde tivemos a oportunidade de tocar para alunos do ensino médio. Cada lugar tem sua própria magia e contribuiu para a nossa trajetória, proporcionando experiências diferentes, mas igualmente especiais.

Sobre o público de Paracatu e a cena musical local, vejo um panorama muito rico. Com o avanço da internet, cada estilo encontrou seu espaço: pagode, sertanejo, rap, rock, cada um com seu público, convivendo de forma respeitosa. Há diversidade, talento e dedicação, e isso é fundamental para o crescimento da cena musical. Acredito que quando músicos de diferentes estilos colaboram, a cidade se torna um polo cultural mais forte e mais reconhecido, não apenas regionalmente, mas também nacionalmente. Fortalecer essa pluralidade é uma das metas que mais valorizo.

Nos ensaios, o processo é bastante individual. Cada um estuda as músicas por conta própria, e acertamos os detalhes na passagem de som, pouco antes do show. Essa abordagem mantém a espontaneidade e a autenticidade do som ao vivo, reforçando a energia e a conexão entre nós três.

O futuro da banda envolve mais shows, gravações e parcerias com outros artistas da região, sempre com o objetivo de fortalecer a cena cultural e musical de Paracatu. Queremos mostrar que a cidade pode ser referência em diversidade musical, unindo rock, rap, sertanejo, pagode e outros estilos em um ambiente colaborativo e produtivo. Explorar essa pluralidade de forma construtiva gera conexões, oportunidades e crescimento coletivo.

No fim das contas, o Nova Onda busca transmitir emoção, conexão e contemplação. Quando uma música desperta uma lembrança ou um sentimento, nosso trabalho está feito. O espírito da banda pode ser resumido em uma palavra: nostalgia. É isso que guia tudo o que fazemos: reconectar pessoas às memórias que a música deixa na vida de cada um, criar experiências afetivas que vão muito além dos acordes e refrãos e celebrar a beleza de sentir e compartilhar música juntos.”

Comentários

O Lábaro

Posts Relacionados