Censo 2022: Nova Lima é município brasileiro com maior rendimento médio domiciliar per capita, e Nova Serrana é 4º do país em nível de ocupação

Minas Gerais
O Lábaro
9 de outubro de 2025
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Nova Serrana foi o município mineiro com maior nível de ocupação das pessoas de 14 anos ou mais (77,2%), sendo o 4º no ranking nacional;
Enquanto em 440 municípios mineiros o percentual de pessoas com 3 ou mais empregos é menor que 1,0%, em 5 municípios ela é superior a 20,0%. São eles: Tapiraí (32,5%), São José do Divino (27,1%), Presidente Bernardes (25,0%), Santa Maria de Itabira (21,1%) e Passa Quatro (21,0%);
Homens ainda compõem maioria das pessoas com 14 anos ou mais na força de trabalho, com 55,6% do total, enquanto mulheres representam 44,4%. Pessoas do sexo masculino também têm maior nível de ocupação (65,2%) frente às mulheres (47,5%), diferença de 17,8 p.p.;
Considerando sexo e estrato étnico-racial, o grupo com maior nível de ocupação, em Minas Gerais, é o de homens pretos (67,3%);
Enquanto as mulheres representam 93,6% das pessoas ocupadas em serviços domésticos, 79,0% na educação e 78,9% em atividades de saúde humana e serviços sociais, elas correspondem a 16,6% nas indústrias extrativas, 9,1% no transporte, armazenagem e correio e 3,6% na construção;
Rendimento médio real mensal das mulheres é inferior ao dos homens em todos os estados brasileiros; em Minas, ele corresponde a 76,6% do rendimento recebido pelos homens em todos os trabalhos.
Rendimento médio no estado é inferior ao nacional para todos os estratos de cor ou raça, exceto indígenas; pessoas indígenas (R$1.807,08) e pretas (rendimento médio mensal de R$1.941,70) têm os menores rendimentos médios de todos os trabalhos;
8 municípios mineiros tiveram valores de rendimento médio de todos os trabalhos menores que o salário mínimo (R$1.212,00 em 2022), com destaque para Luislândia (R$1.003,27), São João do Pacuí (R$1.017,83) e Pai Pedro (R$1.126,60). Enquanto isso, o município de Nova Lima apresentou o maior rendimento nominal médio mensal do país, com R$6.929,48.
Apenas 15,9% dos trabalhadores mineiros exercem atividade profissional de casa, enquanto 84,1% trabalham fora do domicílio, sendo 10,6% o percentual daqueles que precisam sair do município de residência para trabalhar;
Entre os 5.570 municípios do país, Minas Gerais apresenta 3 municípios entre os 5 com maiores percentuais de estudantes frequentando escola ou creche fora do município de residência, são eles: Santa Cruz de Minas (48,22%), Bocaina de Minas (40,58%) e Tiradentes (38,42%).
Em Minas Gerais, a população parda registrou o maior percentual de pessoas cujo tempo de deslocamento ao trabalho é superior a 15 minutos, com 64,8%. Especificamente para o tempo de deslocamento superior a duas horas, a população indígena apresentou o maior percentual, com 3,8%;
Os modais de transporte mais utilizados pelos trabalhadores de Minas Gerais foram: automóvel (29,6%), a pé (23,7%), ônibus (21,6%) – destoando do ranking nacional, no qual o ônibus se sobrepõe ao deslocamento a pé. Contudo, entre pessoas pretas, a prevalência foi do ônibus como meio de transporte principal (30,4%), seguido pelo deslocamento a pé (24,7%) e pelo de automóvel (20,6%).

A composição do mercado de trabalho, em diferentes partes do Brasil e por variáveis como sexo, cor ou raça e grupos de idade, pode nos ajudar a compreender melhor a realidade do país. No Censo 2022, o IBGE investigou aspectos relacionados a trabalho e rendimento da população residente no Brasil, assim como os meios de transporte e tempos de deslocamento para o trabalho e o estudo. Esses temas são divulgados hoje (9/10) e os principais resultados para Minas Gerais e os municípios do estado estão no informativo anexo; dados nacionais podem ser consultados aqui.

Censo mostra que mais de um terço dos trabalhadores do país ganhavam um salário mínimo ou menos, em 2022 – Foto: Gilson Abreu/AEN

Para mais informações sobre esse assunto acesse a página do IBGE na Internet – www.ibge.gov.br ou diretamente na Agência de Notícias IBGE – http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/