Editorial | O bom atendimento como patrimônio que acolhe

Festival do Patrimônio Cultural reforça a importância de bem receber: cada gesto conta na construção da imagem da cidade
Paracatu vive um tempo de luz, cor e cultura. Com a chegada de julho, a cidade se prepara para receber visitantes de todas as partes do Brasil durante o maior Festival do Patrimônio Cultural do Noroeste de Minas, que começa nesta quarta-feira (9). Em cada canto, um enfeite, um som, um cheiro. A cidade se abre, e com ela, também deve se abrir o coração de quem atende, de quem acolhe, de quem representa o nome de Paracatu nas relações mais simples do dia a dia.
Em tempos de grande movimento turístico e visibilidade nacional, o bom atendimento deixa de ser detalhe e passa a ser símbolo. Um gesto, um olhar, uma escuta atenta, são atitudes que falam tanto quanto a música na praça ou a beleza dos casarões. Porque a forma como tratamos quem chega também é patrimônio.
É preciso lembrar: todo mundo gosta, e merece, ser tratado com respeito, gentileza e profissionalismo. O bom atendimento não pode ser visto como um diferencial, mas sim como um dever de quem deseja fazer parte de uma cidade que cresce, que pulsa e que sabe receber.
Nesse processo, o papel do empresário é central. Mais do que manter portas abertas, é preciso abrir diálogo com a equipe. Orientar, motivar, inspirar. Criar um ambiente limpo, agradável e acolhedor para o funcionário, para que esse cuidado transborde até o cliente. Um colaborador valorizado transmite segurança e simpatia, e isso faz toda a diferença.
Fotos do festival de 2018 -arquivo Jornal O Lábaro
Por isso, entidades como a ACE, a CDL e o Sincomércio Noroeste de Minas têm papel estratégico nesse movimento. É fundamental que orientem e incentivem os comerciantes a investir na qualificação de suas equipes, promovendo ações de capacitação e sensibilização sobre a importância de atender bem. Quando as instituições se mobilizam junto aos empresários, toda a cidade ganha.
Cuidar bem de quem chega é valorizar o que temos de mais precioso: nossa identidade, nossa cultura, nossa capacidade de fazer o outro se sentir em casa. E essa hospitalidade, tão característica de Paracatu, precisa estar presente nos bares, restaurantes, hotéis, lojas e em cada ponto de contato entre o visitante e a cidade.
O festival movimenta a economia, enriquece a cultura e enche de vida as ruas da nossa história. Mas, acima de tudo, é uma chance de mostrar quem somos, não apenas pelo que oferecemos, mas pela forma como entregamos. Que Paracatu continue sendo reconhecida não só por sua beleza e tradição, mas pelo jeito único de bem receber.
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