15 DE ABRIL-DIA NACIONAL DA CONSERVAÇÃO DO SOLO

O dia 15 de abril foi definido pela lei Lei Federal n° 7.876, de 13 de novembro de 1989, como o Dia Nacional da Conservação do Solo.
A escolha foi baseada no nascimento do americano Hugh Hammond Bennett (1881- 1960), considerado o Pai da Conservação do Solo nos Estados Unidos.
Segundo a justificativa do Projeto da Lei, o dia é dedicado “à reflexão sobre a conservação e utilização dos solos, para viabilizar a manutenção e a melhoria da capacidade produtiva, aumentando de forma sustentável a produção de alimentos, sem degradação ambiental”.
A conservação do solo “consiste em dar o uso e o manejo adequado às suas características químicas, físicas e biológicas, visando à manutenção do equilíbrio ou recuperação.”

O PAI DA CONSERVAÇÃO DO SOLO

Hugh Hammond Bennett—15 Abril 1881 -7 Julho 1960

Biografia

Hugh Hammond Bennett liderou o movimento de conservação do solo nos Estados Unidos nos anos 1920 e 1930, convenceu a nação a proclamar a erosão do solo como uma ameaça nacional, e criou um novo departamento federal, ao qual serviu como o primeiro diretor, -o Serviço de Conservação do Solo- no âmbito do Ministério da Agricultura. Ele é considerado hoje como sendo o Pai da Conservação do Solo.
Como observado por seus contemporâneos, Bennet “reuniu a ciência com a teatralidade” para convencer a nação de que a erosão do solo era um problema sério que merecia a atenção nacional. Seus esforços resultaram em projetos de demonstração que levaram em uma parceria, que a nação usufrui até hoje, entre uma assistência técnica apoiada na ciência e no apoio do Ministério da Agricultura dos EEUU, e a liderança de distritos locais de conservação e de serviços estaduais de conservação dos recursos naturais nas propriedades particulares.
Nascido em Wadeswboro na Carolina do Norte, Bennett se formou na Universidade estadual daquele estado. Iniciou sua carreira como agrimensor do Ministério da Agricultura. Enquanto conduzia os levantamentos de solo e investigava uma produtividade decrescente, ele se convenceu de que a erosão do solo era um problema não só dos produtores, mas também das economias rurais.
Ao redor de 1909 ele se encontrava supervisionando levantamentos de solo no sul dos EEUU bem como estudando os solos nos territórios dos EEUU Trabalhou na Costa Rica e no Panamá (1909), no Alasca (1914), em Cuba (1925/26) alem de servir na Comissão de Divisas entre a Guatemala e Honduras.
Dentre seus artigos nos anos 1920, nenhuma teve tanta influência como “A Erosão do Solo: Uma Ameaça Nacional”, um boletim em que foi co-autor em 1928. Bennet escreveu continuadamente sobre a erosão do solo, através de artigos publicados em periódicos de ciência popular, inclusive o Country Gentleman e o Scientific Monthly.
Devido em grande parte à campanha de Bennet pela conservação do solo, o parlamentar James P. Buchanan do Texas incluiu uma emenda na Lei orçamentária de 1930 autorizando o Ministério da Agricultura a estabelecer uma série de estações experimentais de erosão do solo. O projeto da micro-bacia do córrego Coon, no sudoeste do estado de Wisconsin, foi o primeiro dentre muitos projetos de micro-bacias iniciados para demonstrar a prática de conservação do solo aos produtores.
Bennett colaborou na criação do Serviço de Erosão do Solo do Ministério do Interior e tornou-se seu diretor em setembro de 1933. O Serviço operou com produtores para demonstrar os métodos de conservação do solo em demonstrações baseadas em micro-bacias definidas.
Os discursos de Bennett despertaram movimentos de conservação do solo por todo o país, seja por campos de demonstração ou reuniões acadêmicas, seja no Congresso. No momento em que uma tempestade de poeira originada nas grandes planícies do meio oeste atingiu a capital Washington, D.C., na primavera de 1935 durante o auge da Região da Poeira (Dust Bowl), Bennett estava depondo perante uma Comissão do Congresso que examinava o projeto de lei que criava o que viria a ser o Serviço de Conservação do Solo. Ele sabia que a tempestade estava a caminho e valeu-se do acontecimento para demonstrar dramaticamente a necessidade da conservação do solo.
A legislação resultante, a Lei da Conservação do Solo de 27 de abril de 1935, criou o Serviço de Conservação do Solo no Ministério da Agricultura dos EEUU Bennett serviu como seu chefe até se aposentar em 1951.
No ano 2000, Bennett teve seu nome inscrito no Pátio dos Heróis do Min. Agr. EEUU. Durante sua vida, Bennett recebeu muitas honrarias, destacando-se a Presidência da Assoc. Americana dos Geógrafos em 1943, o Prêmio Frances K. Hutchinson do Garden Club da América em 1944, a Medalha Cullum Geographical da Sociedade Americana de Geografia em 1948, a Medalha por Serviços Relevantes pelo Min. Agri. EEUU e a Medalha Audubon pela Sociedade de Audubon, ambas em 1947. Ele foi membro colaborador da Sociedade Americana de Agronomia, da Sociedade Americana de Geografia, da Associação Americana para o Progresso da Ciência e da Sociedade de Conservação do Solo da América.

Fonte: http://www.agrisus.org.br/noticias.asp?cod=286

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