Piscinão de Paracatu já supera volume de 70% para garantir água no período de estiagem

 

Reservatório de acumulação construído pela Copasa proporcionará segurança hídrica a moradores da cidade

O reservatório de acumulação da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em Paracatu, popularmente chamado de “piscinão”, já atingiu 73% de seu volume, o equivalente a 489.162 milhões de litros de água armazenada. Com investimentos de mais de R$ 18 milhões, as obras do reservatório, concluídas em dezembro último, beneficiarão os cerca de 90 mil habitantes do município. 

  

Em sua capacidade máxima, o piscinão pode abastecer, sozinho, toda a população durante 60 dias. Localizado nas proximidades do ribeirão Santa Izabel, manancial que abastece a cidade, o reservatório de acumulação pode armazenar 687 milhões de litros, volume suficiente para encher mais de 154 piscinas olímpicas. 

 

Ele ocupa uma área total de 23 hectares – para se ter uma ideia, dentro desse espaço caberiam, em média, 2.300 campos de futebol. Somente o espelho d’água tem uma área de 90 mil metros quadrados. Se colocada em linha, a medida é equivalente a ir e voltar 22 vezes de Paracatu a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.   

  

A superintendente da Copasa da Unidade de Negócio Oeste (UNOE), Cristiane Carneiro, falou sobre os ganhos que a estrutura trouxe para a operação. “O término dessa obra é a reafirmação do nosso compromisso com os paracatuenses. Essa estrutura nos dá mais segurança hídrica no período de estiagem, pois, mesmo que o nível do ribeirão Santa Izabel reduza muito, poderemos captar a água no piscinão para fazer o tratamento e, posteriormente, distribuir aos moradores”, destacou. 

  

O gestor da Unidade de Serviço de Expansão (USEO), Edilson Alves, falou sobre a dimensão da obra. “Foram 24 meses de muito trabalho, que geraram 50 empregos diretos e indiretos. A mobilização possibilitou executar um projeto que, além da importância para a garantia do abastecimento da população, também é muito segura, graças ao acompanhamento pari passu (simultâneo) de todos os ensaios preconizados pelas normas”, destacou. 

  

Durante as cerca de 3.840 horas de trabalho, 30 máquinas operaram no local simultaneamente. Foram retirados 620 mil metros cúbicos de terra, na qual parte da escavação foi utilizada na construção do barramento, e o restante foi destinado ao aterramento de rejeitos da construção civil.    

  

Segurança 

 

Para restringir o acesso à área do piscinão por terceiros, o local foi cercado e devidamente sinalizado. A área conta com seguranças e em breve será instalado circuito de videomonitoramento para assegurar que somente equipes autorizadas possam adentrar a região. 

  

Construção de adutora 

 

Outros R$ 3,8 milhões estão sendo direcionados para a área em que se encontra o piscinão. O aporte já resultou na construção de uma adutora com 654 metros de extensão e 350 milímetros de diâmetro, utilizada para enchimento e esvaziamento do reservatório, e geração de 10 empregos. 

  

O local também contará com quatro balsas, cada uma equipada com um conjunto motobomba, equipamentos responsáveis por enviar de volta ao ribeirão Santa Izabel parte da água captada quando necessário, a fim de controlar o volume. 

  

A previsão é que seja implantada uma subestação de energia, que permitirá o funcionamento de um novo conjunto motobomba na adutora que capta água no manancial. 

  

Histórico 

 

A Copasa está em Paracatu desde 1979. Depois de captada no ribeirão Santa Izabel e na bateria de poços Santana, a água segue para a Estação de Tratamento de Água, com capacidade para tratar 184 litros por segundo. Todos os dias 16,5 milhões de litros, em média, são enviados aos 14 reservatórios, que por meio dos 375.249 metros de redes de distribuição, levam água a 30.321 ligações, abastecendo os imóveis de 77.388 pessoas. 

  

A cidade conta também com o serviço de esgotamento sanitário. Com capacidade para 128 litros por segundo, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) recebe efluentes de 28.736 ligações, que chegam por meio de 322.831 metros de redes coletoras. 

Créditos das imagens: Copasa/Divulgação

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