Pequenas indústrias mineiras são as menos confiantes

Pesquisa Iscon de janeiro mostra piora na avaliação dos empresários em relação ao momento atual de suas atividades

A confiança dos pequenos negócios mineiros voltou a cair em janeiro, puxada principalmente pela Indústria.  Segundo a pesquisa Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon), realizada pelo Sebrae Minas entre os dias 10 e 21 de janeiro, com 1.204 entrevistados, o Iscon geral do segmento naquele mês ficou em 115 pontos, um abaixo do registrado em dezembro, enquanto o da Indústria caiu seis pontos, fechando em 111.

O Iscon geral dos pequenos negócios, embora tenha ficado bem próximo do registrado em dezembro (116), teve uma queda de quatro pontos no Índice de Situação Recente (ISR), de 85 para 81. O ISR é um dos subindices que compõem o Iscon, junto com o Índice de Situação Esperada (ISE), que em janeiro permaneceu em 132 pontos, mesmo patamar do mês anterior.

Apesar da diminuição no ISR, o peso do ISE no Iscon é duas vezes maior, por isso o índice geral não sofreu tanta alteração. “Certamente, os desafios das condições econômicas  – inflação, taxas de juros elevadas e  alto desemprego -, somados às inseguranças sobre a evolução da pandemia em janeiro, mês em que foram registrados números recordes de contaminação, fizeram com que a confiança dos donos de pequenos negócios se mantivesse praticamente no mesmo patamar de dezembro”, destaca Paola La Guardia, analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas.

A Indústria, por sua vez, setor que registrou o menor Iscon em janeiro, apresentou piora significativa não só nas expectativas dos empresários para os próximos três meses (ISE caiu 6 pontos), como também na avaliação da situação recente (ISR caiu 5 pontos). “A elevação dos casos de covid-19 afetou parte do setor em suas expectativas de demanda, ao provocar aumento das restrições em outros países. O maior número de empregados afastados por questões de saúde também contribuiu para a piora na avaliação sobre o trimestre anterior”, explica Paola La Guardia.

O setor de Serviços foi o único que apresentou aumento no Iscon em janeiro, ainda que pequeno: de um ponto (115 a 116). Apesar de seu ISR ter caído cinco pontos, foi também o único setor que apresentou melhora nas expectativas para os próximos três meses (ISE cresceu três pontos). “Esse resultado provavelmente está relacionado ao fato de o setor conter as atividades mais impactadas pela pandemia e agora vislumbrar uma situação menos negativa em comparação ao que enfrentou nos períodos de distanciamento social”, avalia a analista do Sebrae Minas. Segundo ela, soma-se a isso o fato de que muitas das empresas que sobreviveram e das que entraram no mercado estarem mais adaptadas e competitivas.

Esses fatores também ajudam a explicar a confiança do Comércio ter permanecido praticamente inalterada em janeiro.  O setor registrou uma redução menos acentuada no Iscon no primeiro mês do ano: um ponto (115 para 114). Tanto a avaliação dos empresários sobre o trimestre anterior quanto suas expectativas para os próximos três meses (ISE e ISR caíram um ponto) permaneceram praticamente estáveis.

Iscon por porte

As Empresas de Pequeno Porte (EPP) foram as que apresentaram queda mais acentuada no Iscon em janeiro, com variação de sete pontos: 124 para 117.  O segmento mais confiante naquele mês foi a Microempresa (ME), com redução de um ponto (de 120 a 119). O Microempreendedor Individual (MEI) foi o segmento menos confiante em janeiro, com queda de um ponto no Iscon em relação a dezembro, fechando em112 pontos.

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