O bloco “Passeio pelo Tempo” e sua importância para o carnaval de Paracatu

 O bloco “Passeio pelo Tempo” e sua importância para o carnaval de Paracatu

O carnaval dos blocos de rua como espaço de luta política pelo direito à cidade.

O bloco “Passeio pelo Tempo” mais uma vez trouxe alegria e destaques para um passado, também para o meio ambiente que tanto vem sido maltratado na região de Paracatu,  e este ano o bloco homenageou as lavadeiras da Praia do Macaco.

À noitinha o bloco reuniu no Largo da Jaqueira e depois seguiu para o Largo do Rosário acompanhado ao ritmo das marchinhas carnavalescas com a banda “Pé de Pato”.

“O carnaval é uma manifestação cultural baseada na pluralidade e heterogeneidade, possuindo diversas formas de se brincar o festejo. Neste cenário, a festa possui diversos agentes, como blocos de rua, poder público municipal e associações, sendo a realização do carnaval possível a partir das relações, harmônicas ou não, entre os mesmos. Assim, a festa manifesta-se como um importante espaço de luta e identidade. Hoje blocos de rua apresentam características distintas em seus respectivos cortejos que expõem seus entendimentos e reivindicações sobre a dinâmica do carnaval e sobre a cidade.”

Parabéns aos participantes do bloco “Passeio pelo Tempo” que mostrou com sensibilidade o trabalho das lavadeiras e a importância em cuidar do meio ambiente, que é fundamental para a nossa saúde!

Marchinha do bloco Passeio Pelo Tempo 2023:

BATE, BATE A ROUPA!
Compositor e intérprete: Silvano Avelar
Ref.:Bate,bate a roupa
Põe para coarar
Barrela, enxagua , torce,
Bota prá secar
Recolhe, faz a trouxa,
É hora de entregar.
Rodilha na cabeça,
Vamos faturar.
As lavadeiras da Praia do macaco/ que cantam e sabem da vida de todo mundo/ A água limpa lava toda roupa suja/ E a sujeira vai parar no poção fundo.
Lá no Matinho, no Vigário, Santa Rita/ Tem muito peixe, tem piranha prá pegar/ na cachoeira a água encobre todo amor/ E na cacimba, as águas vão rolar.
Ref. BATE, BATE A ROUPA..
Lá no Espalha tem pelada prá jogar/ e na areia o iê, iê, iê vai começar/ tem piquenique, tem Raul na radiola/ “Metamorfose ambulante” e “Gita” agora.
Mas acordei , pois este sonho acabou/nos nossos córregos só poluição ficou/só torço para nada disso virar lama/ tal qual o crime de Brumadinho e Mariana.

Refr.:BATE BATE A ROUPA..

 

Comentários

O Lábaro

Posts Relacionados