Mulheres assumem grandes máquinas e quebram tabus

 Mulheres assumem grandes máquinas e quebram tabus
Valorização, equidade de gênero e inclusão em foco com mulheres capacitadas para inserção no mercado de trabalho

A força feminina desenha um papel único na sociedade. Reconhecer e celebrar as capacidades das mulheres é essencial para promover a igualdade.

“Lugar de mulher é onde ela quiser”, esta frase pode até parecer chavão para alguns, mas ela muda de percepção com a formatura destas 28 mulheres na noite de ontem (20).

Um total de 28 mulheres se formou em operadora de equipamentos móveis, do Programa de Qualificação promovido pela Kinross em parceria com o SEST SENAT. O curso foi afirmativo para mulheres das comunidades de Paracatu.

A formatura aconteceu no salão Sônia Festas e contou com as presenças de Gilberto Azevedo, Presidente, Rodrigo Gomides, Vice-Presidente de Operação e Gerente Geral Adjunto, Ana Cunha, Diretora de Relações Governamentais e Responsabilidade Social, Eduardo Magalhães, Diretor de RH, TI e Suprimentos, a Presidente da Câmara Municipal a Vereadora Claudirene Rodrigues, Secretário Municipal de Educação, Thiago de Deus, representantes do SENAT e do SENAI e familiares das formandas.

Programa

Após uma triagem que contou com mais de 970 candidatas, as aulas para as 28 selecionadas tiveram início em outubro e as alunas contaram com 128 horas de conteúdo teórico até serem certificadas. As aprovadas, que já possuíam carteira de habilitação na categoria B, contarão com o processo de atualização de suas CNHs para a categoria D custeada pelo programa, que habilitou as condutoras a operarem veículos de carga e de passageiros com mais de oito lugares. Esta etapa de atualização das CNHS teve a duração de 2 meses.

A busca pela inserção feminina no setor mineral é cada dia maior. A Kinross é uma das empresas participantes do WIM (Women in Mining, em português Mulheres na Mineração), movimento que tem como objetivo a ampliação e o fortalecimento da participação das mulheres na mineração no Brasil.

História da mulher no mercado de trabalho

A revolução industrial no Brasil é um dos principais marcos da entrada da mulher no mercado de trabalho. Com o avanço dos processos de industrialização, sobretudo a partir da década de 1930, o aumento da demanda por mão de obra abriu espaço para que as mulheres saíssem de casa e entrassem na indústria, no entanto, com salários menores que os dos homens, mesmo ao exercer as mesmas funções.

Movimento Feminista

A industrialização abriu espaço para as mulheres e junto delas, as suas lutas. Em 1970, o Movimento Feminista explodiu nos EUA e atingiu com força o Brasil. Os gritos por liberdade, igualdade de gênero e direito das mulheres ecoaram por toda a América, dando início a um longo processo de lutas e muitas conquistas.

Conquistas

Desde então, as mulheres ocupam cada vez mais espaços no mercado de trabalho, contribuindo maravilhosamente para a economia do país.

De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a economia brasileira poderia aumentar até 382 bilhões de reais se incluísse mais mulheres no mercado.

Acredite se quiser. O futuro é feminino!

Cargos e posições

 Se antes eram atribuídos a elas somente os trabalhos domésticos ou de cuidados, como enfermeiras, costureiras, professoras ou cozinheiras, hoje as coisas são bem diferentes. As mulheres estão presentes em praticamente todos os setores do mercado. Muitas já assumem cargos de liderança.

Elas estão na política, na engenharia, na ciência e na tecnologia. São protagonistas do próprio negócio, empreendedoras, juízas e doutoras.

Estão por toda parte e o céu é o limite!

Desafios: a luta continua

Apesar dos direitos já conquistados pela mulher no mercado de trabalho, ainda há muitos desafios pela frente. De acordo com dados do IBGE divulgados em 2019, 65% da mão de obra geral do mercado ainda é masculina, em comparação com 45% feminina. Ainda segundo a mesma pesquisa, as trabalhadoras brasileiras podem receber até 20% a menos que os homens. Mesmo quando têm ensino superior e exercem a mesma função.

Fonte: https://www.florence.edu.br/blog/mulher-no-mercado-de-trabalho/

O valor da mulher na sociedade inclui uma imensidão de campos sociais.  Só a experiência feminina pode enriquecer e transformar, ajudando a construir espaços diversificados, dinâmicos, justos e inovadores na sociedade. Esses espaços sociais se forem assinalados pela diversidade de capacidades e talentos femininos, podem produzir soluções mais adequadas para as dificuldades que enfrentamos atualmente. Que possamos caminhar juntos em busca de um futuro melhor.

Um momento de agradecimento e carinho com a oradora Gláucia!

Boa noite, queridas, colegas de turma, familiares autoridades presentes, Jorge e as autoridades presentes da Kinross e idealizadores do Programa de Operadoras de Equipamentos Móveis, aqui na cidade de Paracatu-MG.

Em primeiro lugar, torna-se mais que necessário agradecer a Deus por essa realização.

Nesta noite, tão aguardada, que marca o início de um novo processo nas vidas de 28 mulheres, nos reunimos para comemorar o aprendizado, os desafios superados, laços de amizade, companheirismo, equidade social e profissional.

Compartilhamos a correria do dia a dia, o cansaço, risos, lágrimas com a perda de entes queridos, mas compartilhamos também força, FÉ, coragem, confiança. Compartilhamos amor e experiências de vida.

Quero agradecer por estar aqui e representar nossa turma.

Temos a partir de hoje, mais uma missão: de sermos novas mulheres. Gostaria de destacar, mulheres qualificadas, pois através da educação, que é o maior sustentáculo de uma sociedade, concretizamos mais um sonho com confiança e altivez.

Levaremos nossa feminilidade e representatividade a um mundo outrora predominantemente masculino, a uma classe corajosa que enfrenta os desafios do TUBRÃO, que no dialeto da categoria caminhoneira quer dizer ESTRADA, sendo CASCAS DE BALA, que para essa classe quer dizer alguém forte e resistente, mas que na verdade é sensível com uma certa fragilidade, algumas de nossas características mais belas.

Nossas aulas, não foram apenas didáticas. Tivemos aulas de seres humanos, reaprendendo o grandioso sentimento de dar ao outro o melhor da gente, o melhor que queremos pra gente. E agora podemos construir o sucesso, conquistar uma estrutura profissional à custa de nosso valor, nossa ousadia, disciplina, profissionalismo e empreendedorismo.

Nossa amizade não vai parar aqui, nesta noite. Queremos e seremos grandes amigas, companheiras, quem sabe colegas de trabalho na mineração. Nos aconselharemos umas com as outras, mesmo porque não é qualquer turma que tem a Selma, a madrinha, com uma história de vida inspiradora, cheia de esperança, FÉ e superação de que conseguiria estar conosco nesta comemoração de conclusão de curso.

Destaco também o profissionalismo, dedicação, amor a profissão e ao ensinar que recebemos dos professores:

Cassiane (querida Cacá), que com sua vasta bagagem profissional nos mostrou o mundo de possibilidades e assertividades.

Ana Paula (nossa Aninha), que é pequena em estatura, mas grandiosa, maravilhosa, qualificada e capacitada na profissão que ajuda a sustentar e a manter o nosso país (os caminhoneiros).

Seguindo e ordem, mas tão importante quanto as demais, agradecemos ao Sálvio, o chato na profissão (como ele mesmo diz) mas um homem sensível, amável, aconselhador e churrasqueiro que gosta de roça como um bom mineiro.

Obrigada!

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