ILUSÃO
Ilustração da internet
Aproxima-se o Natal, período festivo, congraçamento, algumas pessoas ficam ávidas para que chegue logo, aí, come-se muito, alguns caem na bebedeira, trocam momentos de euforia por uns perrengues oriundos da ressaca. Passada a festa, já reiniciam a contagem para o próximo feriado. Copiando a Roma antiga, nós também vivemos a política do pão e circo, uma espécie de submissão coletiva domina a humanidade, trabalha-se a morrer para consumir cada vez mais o que o “mercado dominante” quer nos vender. Vivemos tão alienados que ingerimos às vezes uma iguaria que nem sabemos falar o nome, mas, verdadeiramente trocaríamos dez (10) desses pratos famosos pelo prazer de um almoço na roça feito no fogão à lenha. Estamos nos afastando gradativamente do simples e prático para realizar as coisas que os “outros” indicam e sugerem. Um faz de conta de felicidade, preocupados com o que a sociedade pensa, colocamos roupas e calçados que nos incomodam, sorrimos de canto de boca para a câmera, e por dentro, ora, por dentro estamos chorando e nos deprimindo cada vez mais. O cenário aponta e indica a necessidade de um certo “retroceder” às origens, onde o que é, é, o certo é certo e o que é errado continua sendo errado, deixarmos de fingimento e pararmos de viver de faixada.
Miguel Francisco do Sêrro – Historiador e Advogado
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