Governo do Brasil lança relatório da Consulta Pública sobre Combate ao Racismo nas Plataformas Digitais

 Governo do Brasil lança relatório da Consulta Pública sobre Combate ao Racismo nas Plataformas Digitais

Documento consolida 86 propostas e orienta diretrizes para enfrentar a discriminação online e promover a igualdade racial

Foto em destaque: Consulta reuniu 86 contribuições de especialistas, pesquisadores, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos engajados no enfrentamento ao racismo no ambiente digital. Foto: GettyImages

O Governo do Brasil lança, nesta segunda-feira (8), o relatório da Consulta Pública sobre o Combate ao Racismo nas Plataformas Digitais, iniciativa realizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) e pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), em parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR).
Conduzida entre 1º de setembro e 15 de outubro de 2025, na plataforma Brasil Participativo, a Consulta reuniu 86 contribuições de especialistas, pesquisadores, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos engajados no enfrentamento ao racismo no ambiente digital. As propostas enviadas abrangeram os oito eixos temáticos definidos previamente e revelaram grande convergência em torno de três frentes centrais: responsabilização e regulação das plataformas, fortalecimento de canais de denúncia e proteção às vítimas e promoção da justiça algorítmica com mais transparência.
O relatório também destaca que esse conjunto diverso de contribuições constitui um insumo qualificado para a próxima etapa dos trabalhos. O material servirá de base para a elaboração de um documento de referência com diagnósticos e recomendações que orientarão políticas públicas, estratégias de proteção e ações voltadas à promoção da igualdade racial e ao enfrentamento do racismo no ambiente digital.

A ação integra o Plano de Comunicação pela Igualdade Racial na Administração Pública Federal, que prevê, entre suas metas, a produção de estratégias de combate ao racismo nas plataformas digitais, o aprimoramento de mecanismos de denúncia com a formalização do termo “racismo” e o fortalecimento dos protocolos de resposta das empresas de tecnologia.
URGÊNCIA DE RESPOSTAS – A secretária-adjunta de Políticas Digitais da Secom/PR, Nina Santos, destaca que o relatório evidencia a urgência de respostas estruturadas para o problema: “As contribuições mostram que o racismo no ambiente digital não é apenas um problema tecnológico, mas uma violação de direitos humanos que impacta profundamente a vida da sociedade.”
Segundo Nina, o documento oferece um panorama técnico e político robusto, consolidado a partir da participação expressiva de redes de pesquisa, coletivos, organizações da sociedade civil e ativistas. “Os resultados apontam a importância central de pensar no papel das plataformas digitais e garantir que a esfera pública digital seja um espaço democrático, plural e diverso no qual as leis brasileiras sejam respeitadas, inclusive no que tange as questões raciais”, afirma.
DIRECIONAMENTO – Da mesma forma, representante do Ministério da Igualdade Racial ressalta que os resultados da pesquisa dão o direcionamento para a proposição de políticas públicas. “É somente com base em evidências e com a participação social que poderemos propor novas formas de combate ao racismo nas plataformas digitais, protegendo a população negra e promovendo um ambiente digital inclusivo”, colocou o secretário de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo Tiago Santana, reforçando o compromisso do MIR com a promoção dos direitos fundamentais e do bem viver da população negra no ambiente digital.
A mobilização para o enfrentamento do racismo em espaços digitais seguirá com novas etapas, incluindo o aprofundamento de diagnósticos, o diálogo interinstitucional e a construção de instrumentos normativos que reforcem os direitos humanos e a igualdade racial no ambiente digital.
Para acessar o relatório da Consulta Pública sobre Combate ao Racismo nas Plataformas Digitais, clique aqui.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
 

 

 

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