Governo do Brasil lança na COP30 plataforma digital que oferece crédito verde com juros reduzidos para pequenos negócios

 Governo do Brasil lança na COP30 plataforma digital que oferece crédito verde com juros reduzidos para pequenos negócios
Objetivo é impulsionar empreendedorismo climático no Brasil com ferramenta que reúne informações e recursos para que comerciantes possam transformar desafios ambientais em oportunidades de negócios

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Pelo Empreender Clima, o empreendedor cria o perfil do negócio, acessa cursos e conteúdos personalizados e gera, em menos de dez minutos e sem custos, um pré-enquadramento no Fundo Clima, principal mecanismo federal de financiamento climático. Foto: EmpreenderClima.org.br

O Governo do Brasil lançou na última segunda-feira, 17 de novembro, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém (PA), o Empreender Clima, plataforma inédita criada para apoiar micro e pequenos empreendedores na transição para uma economia verde e de baixo carbono. A ferramenta digital reúne informações, conteúdos de capacitação e condições facilitadas de crédito verde com juros reduzidos, impulsionando o empreendedorismo climático no Brasil.
O Empreender Clima chega como uma entrega concreta de crédito acessível: para os pequenos negócios, as taxas começam em 4,4% ao ano, com financiamento de até 100% para projetos sustentáveis. Pela plataforma, o empreendedor cria o perfil do negócio, acessa cursos e conteúdos personalizados e gera, em menos de dez minutos e sem custos, um pré-enquadramento no Fundo Clima, principal mecanismo federal de financiamento climático.
“Durante muito tempo, o crédito verde foi uma promessa distante da realidade dos pequenos. Agora, o governo criou uma alternativa com juros acessíveis e prazos reais de pagamento. É o pequeno empreendedor no centro da transição ecológica — com crédito barato, capacitação e tecnologia a favor do seu negócio”

Márcio França, ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte
Para o ministro Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte – Memp), a iniciativa marca uma nova etapa da política de crédito produtivo no país. “Durante muito tempo, o crédito verde foi uma promessa distante da realidade dos pequenos. Agora, mesmo com a Selic alta, o governo criou uma alternativa com juros acessíveis e prazos reais de pagamento. É o pequeno empreendedor no centro da transição ecológica — com crédito barato, capacitação e tecnologia a favor do seu negócio”, afirmou.
CONDIÇÕES FLEXÍVEIS — Os financiamentos do Fundo Clima oferecem prazos longos e condições flexíveis, variando conforme o tipo de projeto. Iniciativas de transporte coletivo e mobilidade verde podem ter até 25 anos de prazo, com carência de até 5 anos. Projetos de florestas nativas e recursos hídricos chegam ao mesmo prazo, com até 8 anos de carência.
O Empreender Clima é uma parceria entre o Memp, a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), o Sebrae e o BNDES, que se unem para ampliar o acesso ao crédito climático, fortalecer a capacitação e difundir tecnologias sustentáveis.
PRAZOS — Nas setores de transição energética e indústria verde, os prazos variam conforme o foco da iniciativa. Projetos de energia eólica podem chegar a 24 anos, com 6 anos de carência. Outras ações de transição energética têm prazos de até 16 anos, com carência de até 6 anos. Já projetos de desenvolvimento urbano resiliente e sustentável contam com até 16 anos e 5 anos de carência. As condições ampliadas dão fôlego para que empreendedores e gestores públicos invistam em soluções sustentáveis e aumentem a competitividade no país.
ACESSO — O chefe da Assessoria Especial do Memp, Renato Ferreira, explicou que iniciativas como coleta seletiva e gestão de resíduos, projetos ligados a florestas e uso sustentável do solo, ações de preservação da biodiversidade, soluções para cidades resilientes ou investimentos em energia limpa já eram financiáveis pelo Fundo Clima. Na prática, porém, muitos pequenos empreendedores esbarravam em barreiras técnicas para estruturar seus projetos e atender às exigências de apresentação — justamente o tipo de obstáculo que o Empreender Clima foi criado para superar.
“O que a plataforma traz de novidade é facilitar o acesso para o pequeno empreendedor, porque na prática o pequeno sabia que podia acessar o Fundo Clima, mas se deparava com a dificuldade de não ter um projeto bem montado e não ter recursos para contratar uma consultoria, como as grandes empresas fazem”, detalhou. “A plataforma é uma grande vantagem para o empreendedor, que pode acessar um financiamento muito barato em relação ao que o pequeno empreendedor tem disponível no Brasil”, explicou Peres.
AMBIENTE DIGITAL — O Empreender Clima reúne, em um único ambiente digital:

  • Cursos de formação em empreendedorismo climático
  • Mapa do ecossistema de negócios verdes no Brasil
  • Catálogo de instrumentos financeiros
  • Serviço de pré-enquadramento no Fundo Clima

A plataforma contempla oito setores estratégicos, como energia, agricultura, logística, construção civil e gestão de resíduos, estruturados em quatro etapas: mapeamento de oportunidades, capacitação em tecnologias limpas, conexão a instrumentos de crédito verde e apoio técnico a projetos financiáveis.
CRÉDITO CLIMÁTICO À BASE — Com a ferramenta, micro e pequenos empresários poderão criar seus pré-projetos nos moldes exigidos pelo Fundo Clima, sem custos e de maneira rápida. O objetivo é reduzir barreiras históricas e garantir que o crédito climático não fique restrito a grandes corporações, mas alcance a base produtiva que move o país.
MEMP NA COP30 — Além do Empreender Clima, o Memp participa da COP30 com uma agenda dedicada à valorização das economias sustentáveis e regionais. No Espaço da Biodiversidade – Produtos Sustentáveis do Brasil, na Green Zone, a pasta exibe produtos de cooperativas de mulheres e de artesanato, em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), destacando iniciativas de inclusão produtiva e preservação ambiental.

O Memp também integra painéis e encontros técnicos sobre bioeconomia, financiamento climático e transição verde de micro e pequenas empresas, promovidos com a OEI, a OCDE e o Sistema OCB. Nessas agendas, o ministério reforça o papel do empreendedorismo como vetor de sustentabilidade e desenvolvimento.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

 

 

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