Caretagem colore a noite de Paracatu com fé, dança e ancestralidade

 Caretagem colore a noite de Paracatu com fé, dança e ancestralidade

Entre cantos, passos e devoção, as comunidades do Alto do Açude, Amaros, São Sebastião e São Domingos celebram São João Batista e mantêm viva uma das manifestações culturais mais vibrantes do Noroeste mineiro.

Na noite do dia 23 para a madrugada do dia 24 de junho, as ruas de Paracatu se encheram de cor, som e memória. Era a Caretagem, tradição ancestral que se renova a cada ano, encantando moradores e visitantes com suas roupas vistosas, danças marcadas e a força de um povo que não esquece suas raízes.

Os grupos das comunidades do Alto do Açude, Amaros, São Sebastião e São Domingos deram vida à celebração com seus cortejos alegres e devotos, levando o nome de São João Batista com respeito e esperança. Ao som dos tambores, das caixas e da cantoria, corpos dançavam em comunhão com o sagrado, numa expressão coletiva de fé e resistência.

Mais que uma festa, a Caretagem é um ato de memória viva. É o elo que liga o presente ao passado afro-brasileiro de Paracatu, um patrimônio imaterial que pulsa no coração do povo. A cada passo, um gesto de amor pela cultura popular; a cada canto, um chamado para que as futuras gerações continuem essa história.

Paracatu celebra, assim, não só um santo, mas também a identidade de um povo. E no brilho dos trajes, no suor dos rostos e no calor da madrugada, ecoa um grito de pertencimento:

Viva São João! Viva a Caretagem! Viva Paracatu!

 

 

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O Lábaro

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