A palavra que resiste: memória e história na programação regional do Fliparacatu

 A palavra que resiste: memória e história na programação regional do Fliparacatu

Reflexões sobre a força da oralidade marcaram o início das atividades na Academia de Letras do Noroeste Mineiro

Na manhã de 28 de agosto, a Academia de Letras do Noroeste Mineiro abriu suas portas para a estreia da Programação Regional do 3.º Fliparacatu. O escritor, ator e educador Anderson Valfré deu o tom inicial ao refletir sobre como memória pessoal e história coletiva se entrelaçam na escrita. Para ele, só há autenticidade quando as vozes internas de um território dialogam com as referências externas.

Valfré lembrou que a comunicação acompanha a humanidade desde as pinturas rupestres e, ainda hoje, se reinventa entre palavras, silêncios e resistências. Inspirado em Ailton Krenak, destacou a força de contar histórias como forma de ampliar o mundo.

Na sequência, João Marcos Maciel Luiz e Alexandre de Oliveira Gama aprofundaram o tema na palestra “Presente da Palavra”, mostrando como a oralidade resguarda identidades e memórias que não cabem nos documentos oficiais.

 

Lançamento

 

Desde sua primeira edição, o Fliparacatu abre espaço gratuito para autores lançarem suas obras, mediante a doação de dois exemplares para a Biblioteca Municipal René Lepesqueur. Em 2025, o festival somou 103 inscrições de escritores, que encontraram no evento apoio e visibilidade para divulgar seus trabalhos e dialogar com os leitores.

No sábado, dia 30, foi à vez de Anderson Valfré, do Espírito Santo, e do paracatuense João Marcos Maciel Luiz lançarem suas publicações.

  • Anderson Valfré é poeta, ator, educador e coordenador nacional da Transvê Poesias. Integra o coletivo No Princípio Era o Verbo, que investiga há quatro anos temas ligados à filosofia, espiritualidade, literatura e misticismos.
  • João Marcos Maciel Luiz, formado em Filosofia e estudante de História pela UFOP, atua como professor da rede pública e dedica-se a pensar a palavra como ferramenta de resistência e preservação da memória.

No coração do festival, literatura e voz reafirmaram-se como patrimônio vivo.

Fotos Aline Reis
Fotos Aline Reis

 

Comentários

O Lábaro

Posts Relacionados