A cidade que queremos: Mostra Cutucar celebra o olhar das crianças sobre Paracatu
Projeto une educação, cultura e turismo em uma experiência que desperta o pertencimento e o cuidado com o patrimônio
Na manhã ensolarada desta terça-feira, 11 de novembro, a Fundação Casa de Cultura se transformou em um grande abraço à infância e à memória de Paracatu. Entre risos, cores e curiosidade, aconteceu a abertura da Mostra Cutucar: conhecer para proteger, etapa final da 8ª edição do Projeto Cutucar, Cultura e Turismo no Caminho Real: Educação Patrimonial e Inclusão Social.
Voltado aos estudantes do 5º ano da rede pública, das zonas urbana e rural, e aos alunos da APAE, o projeto é gratuito e acessível, e convida a um mergulho sensível na história local. Cada atividade do Cutucar ensina que conhecer é também cuidar; que o passado não é um lugar distante, mas o chão que sustentará a cidade que queremos construir.
Realizado pela Guiastur, por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Kinross Paracatu e apoio da Secretaria Municipal de Educação e da Superintendência Regional de Ensino, o projeto reafirma que a educação patrimonial é uma forma de cidadania, e que o olhar das crianças pode transformar a relação com o território.
A mesa de abertura foi composta pela tesoureira da Guiastur, Driele Tainara Silva Lima; o analista de Comunidade da Kinross, Diego de Paula; a representante da Fundação Casa de Cultura, Janine Souto Rocha; a representante da Superintendência Regional de Ensino, Elizabete Moura Machado; e o secretário municipal de Educação, Thiago de Deus, representando o prefeito Igor Santos.
Em seu discurso, Thiago de Deus destacou a importância de envolver as crianças na história viva de Paracatu: “Cada momento como este fica marcado para sempre na memória delas”, afirmou.
A coordenadora Denize Furtado de Moraes apresentou o funcionamento do projeto e ressaltou o papel dos educadores no despertar da curiosidade infantil. A tesoureira Driele Tainara falou sobre o impacto social do Cutucar, e a educadora Ruth Brochado, responsável pelo workshop A Cidade que Queremos, emocionou o público ao declamar um poema de autoria do Didi e falar da potência criativa das crianças: “Elas olham a cidade com esperança. E é esse olhar que precisamos preservar.”
As falas de Janine Souto Rocha e Elizabete Moura Machado reforçaram a relevância do projeto para o fortalecimento da identidade cultural e para a valorização da educação pública como instrumento de transformação social.
O Cutucar, porém, vai além da sala de aula. Ele também movimenta a economia local: os serviços de transporte, hospedagem e alimentação são contratados no comércio de Paracatu, fortalecendo empresas e gerando renda. Assim, o projeto mostra que cultura e desenvolvimento caminham juntos, e que preservar também é investir no futuro.
“Educar para preservar é construir futuro”, resumiu uma das falas que ecoaram na Casa de Cultura.
O ponto alto do evento foi o desenlace da fita, momento simbólico e comovente que marcou a abertura oficial da Mostra. No salão, os visitantes encontraram os trabalhos artísticos das crianças, desenhos, textos e sonhos, que retratam a cidade sob o olhar de quem ainda a descobre.
Participaram da cerimônia estudantes e representantes das seguintes escolas:
- M. Tia Áurea – Supervisora Graciete (+88 alunos)
- M. Bernardino – Diretora Sara
- M. Olindina Loureiro – Vice-diretora Meiriane (+25 alunos)
- M. Doutor Antônio Ribeiro – Supervisora Fernanda
- M. Doutor Sérgio Ulhoa – Supervisora Neide (+26 alunos)
- M. Joaquim Adjuto Botelho – Supervisora Karine
- M. São Domingos – Izabel e Valdete
- M. Minas Goiás – Pamela e Edmar
A mostra segue aberta à visitação na Fundação Casa de Cultura, convidando toda a comunidade a olhar Paracatu com olhos de descoberta.
Porque a cidade que queremos nasce do que aprendemos hoje, nas mãos das crianças, no valor da memória e no gesto de quem conhece para proteger.






































Comentários