Arte que transforma: esculturas com materiais recicláveis ganham vida nas mãos de alunos do Ensino Fundamental

Criatividade, consciência ambiental e inclusão marcam projeto artístico com materiais recicláveis na Escola Municipal Coraci Meirelles

Na sala de aula do professor Hamilton Aragão na Escola Municipal Coraci Meirelles, a Arte ultrapassa os limites do papel e da tinta. Ganha corpo, forma e consciência. É feita de tampinhas, papelão, garrafas plásticas e jornais que, em vez de irem para o lixo, renascem como esculturas carregadas de significado. O que seria descartado se transforma em expressão, aprendizado e poesia visual.

Trabalhar com esculturas de materiais recicláveis no Ensino Fundamental é, acima de tudo, um gesto pedagógico potente. É ensinar que a criação pode brotar do que já foi usado, que a beleza pode estar escondida em objetos comuns e que a arte tem o poder de ressignificar o mundo ao nosso redor.

Sob a orientação sensível e criativa do professor Hamilton, os alunos aprendem muito mais do que técnicas de composição. Eles desenvolvem um olhar crítico sobre o consumo, a produção de resíduos e os impactos no meio ambiente. Ao modelar suas obras, eles também moldam valores como a empatia, à responsabilidade social e o respeito à natureza.

Essa prática artística dialoga com os grandes desafios contemporâneos, promovendo sustentabilidade e cidadania. E, ao mesmo tempo, desenvolve a coordenação motora, a percepção estética, o senso espacial e a liberdade de imaginar. Cada escultura carrega não só formas e texturas, mas também histórias, desejos e possibilidades.

Ao utilizar materiais acessíveis, o projeto democratiza o fazer artístico e torna a aula de Arte mais inclusiva, instigante e conectada com a realidade dos estudantes. O lixo vira arte. A arte vira lição. E a sala de aula se torna ateliê de sonhos, onde cada criança descobre que, com criatividade e consciência, é possível transformar o mundo, um pedacinho de cada vez.