DESCULPA

A convivência entre as pessoas exige de todos uma boa dose de aceitação e tolerância, não acredito em harmonia permanente no relacionamento humano, seja ele entre pais e filhos, irmãos, ou por afinidade, num ou outro momento podem surgir desentendimentos.   O ser humano então, pensador e dotado de capacidades criou instrumentos e argumentos para, nas eventuais discordâncias, eliminar ou amenizar as desavenças.   Numa pisada de bola ocorre de ouvirmos: foi mal!   A pessoa sabendo que não deve, age intencionalmente e nos contraria profundamente, no primeiro contato entre quem prejudicou e prejudicado, antes mesmo de cumprimentar ouvimos: Perdão!   Sei que agi mal, perdi o controle, sei que não mereço, mas lhe peço, Perdão!   Na maioria das vezes o costume quando alguém erra, independente se intencional ou não é dizer DESCULPA!   Pensando sobre as várias formas de anunciar que falhamos, e, ao mesmo tempo se desculpar, é bem verdade que quem errou busca ao menos tirar o peso da consciência, também não há dúvida que a maioria dos prejudicados desculpam só da boca para fora, verdade verdadeira mesmo é que o ofendido fica P da vida, alguns nem esperam virar o dia para providenciar um troco (vingança).   Entendo que a DESCULPA efetiva só ocorre quando somos perdoados, quando quem sofreu o mal dá a ele pouca importância, e, do fundo do coração nos concede o perdão pela falta.   Finalizando a tal de DESCULPA é vista como um argumento que retrata em alguns casos, um reconhecimento da pessoa humilde que de alguma forma errou, em outras situações apenas uma ferramenta de malandro para escapar de possível punição.   Importante lembrar que a pessoa não deve viver num mundo de DESCULPAS, passar boa parte do seu tempo escondido atrás dos pedidos de DESCULPAS, pois pode ser interpretada como incompetente, e mais, DESCULPA não ressuscita morto, não elimina cicatrizes, nem corrige atitudes tomadas, não retira palavras de ofensas, resumindo, não volta o relógio do tempo, melhor mesmo é estudar as situações, analisar, medir e calcular todos os efeitos de nossos atos para errar o mínimo possível.

Miguel Francisco do Sêrro – Historiador/Advogado

 

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